Dry firing e sugestões
Dry firing e sugestões
Quantos aqui praticam à seco em casa, principalmente dry firing?
Sim, eu tenho aquele laser thingie e snap caps, mas antes de comprar eles eu improvisei, e acho que algumas coisas que fize podem ser uteis para outros.
snap caps.
Quando eu não tinha nenhuma, eu pegava os cartuchos usados, limpava eles deixando a espoleta gasta, e depois botava no cano e tirava um bando de vezes ate o cartucho deixar de estar tão expandido, de modo que ele cairia no cano ou pelo menos entrasse facilmente. Como a minha pistola tem cão, eu não tinha que me preocupar com ter que carregar a munição da magazine para a arma.
Se voce tem habilidades manuais -- eu não tenho muito -- e prensa, poderia fazer balas de madeira ou borracha ou plastico (ex: faz um molde e derrete corpo de caneta bic nele). Tira espoleta usada, bota a sua bala, e enche o espaço atras da bala de cola/silicone includindo o buraco da espoleta.
Laser.
Se voce está fazendo dry firing, um dos objetivos é controle do gatilho: praticar manter a arma na mesma posição durante o tiro. O seu laser não tem que necessariamente apontar onde o alvo esta. O que eu tinha na epoca era uma daquelas lanternas ridiculas de plastico com um LED que voce bota no chaveiro; ela era um brinde de alguma companhia que nem le lembro mais pois o logo tinha disaparecido. Eu achei uma canta plastica, esta peguei no meu banco, que era fina o suficiente para botar no cano. Um pouco de Scotch tape ao redor da caneta fez ela ficar firme dentro do cano. Um pouco mais de tape segurou a lanterna e o canudo que botei ao redor do LED para tentar limitar o diametro da luz.
Fechei as janelas o suficiente para ver a luz do LED na parede. E ai disparei a pistola e como a luz se mechia antes, durante, e depois do tiro.
É claro que voce pode usar um laser tipo para apontar para coisas na parede, mas eu só tinha a lanterninha. E ela era leve suficiente que não afetou como eu segurava a pistola.
Sim, eu tenho aquele laser thingie e snap caps, mas antes de comprar eles eu improvisei, e acho que algumas coisas que fize podem ser uteis para outros.
snap caps.
Quando eu não tinha nenhuma, eu pegava os cartuchos usados, limpava eles deixando a espoleta gasta, e depois botava no cano e tirava um bando de vezes ate o cartucho deixar de estar tão expandido, de modo que ele cairia no cano ou pelo menos entrasse facilmente. Como a minha pistola tem cão, eu não tinha que me preocupar com ter que carregar a munição da magazine para a arma.
Se voce tem habilidades manuais -- eu não tenho muito -- e prensa, poderia fazer balas de madeira ou borracha ou plastico (ex: faz um molde e derrete corpo de caneta bic nele). Tira espoleta usada, bota a sua bala, e enche o espaço atras da bala de cola/silicone includindo o buraco da espoleta.
Laser.
Se voce está fazendo dry firing, um dos objetivos é controle do gatilho: praticar manter a arma na mesma posição durante o tiro. O seu laser não tem que necessariamente apontar onde o alvo esta. O que eu tinha na epoca era uma daquelas lanternas ridiculas de plastico com um LED que voce bota no chaveiro; ela era um brinde de alguma companhia que nem le lembro mais pois o logo tinha disaparecido. Eu achei uma canta plastica, esta peguei no meu banco, que era fina o suficiente para botar no cano. Um pouco de Scotch tape ao redor da caneta fez ela ficar firme dentro do cano. Um pouco mais de tape segurou a lanterna e o canudo que botei ao redor do LED para tentar limitar o diametro da luz.
Fechei as janelas o suficiente para ver a luz do LED na parede. E ai disparei a pistola e como a luz se mechia antes, durante, e depois do tiro.
É claro que voce pode usar um laser tipo para apontar para coisas na parede, mas eu só tinha a lanterninha. E ela era leve suficiente que não afetou como eu segurava a pistola.
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Re: Dry firing e sugestões
Raubvogel,
Já tentei fazer o dry firing com laser, mas a ideia não é muito boa. Olhar para o ponto no alvo desvia a atenção do controle do alinhamento alça-massa. O laser é bom para treinar e demonstrar o controle respiratório.
Experimente, quando ofegante após uma corrida ou subir uma escada, manter a arma apontada para o mesmo lugar com o laser. Compare o resultado com a respiração normal.
Já tentei fazer o dry firing com laser, mas a ideia não é muito boa. Olhar para o ponto no alvo desvia a atenção do controle do alinhamento alça-massa. O laser é bom para treinar e demonstrar o controle respiratório.
Experimente, quando ofegante após uma corrida ou subir uma escada, manter a arma apontada para o mesmo lugar com o laser. Compare o resultado com a respiração normal.
Re: Dry firing e sugestões
E controle de gatilho. E porisso que prefiro os lasers que so ligam quando voce dispara. Mas, se voce não tem um, voce pode ensinar-se a prestar atenção apenas no que voce está praticando, seja isso respiração como voce disse ou gatilho.Erick Tamberg escreveu:Já tentei fazer o dry firing com laser, mas a ideia não é muito boa. Olhar para o ponto no alvo desvia a atenção do controle do alinhamento alça-massa. O laser é bom para treinar e demonstrar o controle respiratório.
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Re: Dry firing e sugestões
Como é essa parada? Para que modalidade serve esse treinamento? Silhueta metálica? Pista de IPSC?E controle de gatilho. E porisso que prefiro os lasers que so ligam quando voce dispara. Mas, se voce não tem um, voce pode ensinar-se a prestar atenção apenas no que voce está praticando, seja isso respiração como voce disse ou gatilho.
Eu sempre pratiquei tiro de defesa e desde que iniciei no clube me ensinaram que devemos treinar em condições as mais próximas possíveis do combate real. Então quando posso evito até o uso de abafadores pois preciso estar sempre familiarizado com os estampidos, até para saber se tem alguma coisa errada com a munição.
Como é esse negócio de ficar atirando com munição de manejo ou cartucho vazio, sem estampido e sem recuo?
Se for preciso trocar tiro com vagabundo, esse tipo de treinamento de mentirinha ajuda?
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Re: Dry firing e sugestões
Treinar sem abafador não acredito que seja uma boa idéia, as chances de danificar sua audição são grandes, ainda mais quem frequenta o stand regularmente. Entendo que treinar o mais próximo do Real é bom mas sem abafador, não conheço ninguém ou nenhum instrutor de tiro de combate sério que seja adepto disso. Quanto ao dry fire, acho importante sim, treinar saque e um tiro em seco, enquadramento e puxada do gatilho. Não é um treino que substitua o treino com munição real mas sim um prepara para o outro. Ainda mais no Brasil que a munição é cara, ajuda .muito o treino em seco.
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Re: Dry firing e sugestões
Treino sem abafador é absolutamente desnecessário. Ninguém se "acostuma" com estampidos. Simplesmente fica-se surdo.moliternoga escreveu:Treinar sem abafador não acredito que seja uma boa idéia, as chances de danificar sua audição são grandes, ainda mais quem frequenta o stand regularmente. Entendo que treinar o mais próximo do Real é bom mas sem abafador, não conheço ninguém ou nenhum instrutor de tiro de combate sério que seja adepto disso.
Com adrenalina nas veias, os estampidos não parecerão tão incômodos assim.
Vale lembrar que, mesmo com abafadores, existe dano auditivo por condução óssea. O ruído chega ao nervo auditivo pela vibração dos ossos (condução óssea), além da condução aérea.
Notamos a condução óssea quando escutamos a reprodução da nossa própria voz gravada: temos a impressão de não reconhecermos a nossa própria voz. Isso ocorre porque enquanto falamos, a nossa voz chega aos nossos ouvidos pela condução aérea e óssea ao mesmo tempo. Ouvindo a nossa própria voz gravada, ela chega apenas por condução aérea. A diferença de frequência gerada pelas diferentes formas de condução faz com que não reconheçamos nossa própria voz gravada.
Beethoven, depois que ficou surdo, usou a condução óssea a seu favor: compunha segurando uma vareta de madeira entre os dentes, apoiada nas cordas do piano.
Abafador é essencial para evitar danos à audição. Mas isso não significa que, por usá-lo, que tais problemas não possam surgir. Eu mesmo só consigo usar o telefone no ouvido esquerdo, pois, como sou destro, o direito foi mais afetado pela condução óssea.
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Re: Dry firing e sugestões
Eu não preciso mais de instrutor. Ninguém aconselha a treinar sem óculos de proteção e abafador. Eu que não uso. Quase que tive de assinar um termo de responsabilidade no início, isentando o clube por qualquer acidente por que eles ficavam me perturbando para usar aquelas tralhas. Faço isso por minha conta e risco, não aconselho a fazer.Treinar sem abafador não acredito que seja uma boa idéia, as chances de danificar sua audição são grandes, ainda mais quem frequenta o stand regularmente. Entendo que treinar o mais próximo do Real é bom mas sem abafador, não conheço ninguém ou nenhum instrutor de tiro de combate sério que seja adepto disso.
O meu tipo de treinamento exige que eu utilize a audição de forma complementar à visão. Preciso ouvir as silhuetas se movendo. Um amigo puxa uma corda e determinada silhueta se move, não sei qual é, preciso ouvir ela se mexendo para efetuar o disparo.Treino sem abafador é absolutamente desnecessário. Ninguém se "acostuma" com estampidos. Simplesmente fica-se surdo.
Adrenalina? Isso é para amadores. Sabe por que muitas pessoas que no stand são bastante regulares nos agrupamentos acabam morrendo em um confronto de rua? Por que elas não ficam calmas o suficiente para neutralizarem o inimigo, elas se afobam e são alvejadas. No stand não tem adrenalina, os alvos e silhuetas não atiram de volta em você.Com adrenalina nas veias, os estampidos não parecerão tão incômodos assim.
Quem já está acostumado a matar - dizem - não tem esse lance de adrenalina para atrapalhar.
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Re: Dry firing e sugestões
A adrenalina existe. Isso não tem nada a ver com amadorismo e nem com calma. Ela faz parte do instinto de sobrevivência. O que cabe aqui é trabalhar com técnicas que funcionem sob pressão.Morcegolino escreveu:Eu não preciso mais de instrutor. Ninguém aconselha a treinar sem óculos de proteção e abafador. Eu que não uso. Quase que tive de assinar um termo de responsabilidade no início, isentando o clube por qualquer acidente por que eles ficavam me perturbando para usar aquelas tralhas. Faço isso por minha conta e risco, não aconselho a fazer.Treinar sem abafador não acredito que seja uma boa idéia, as chances de danificar sua audição são grandes, ainda mais quem frequenta o stand regularmente. Entendo que treinar o mais próximo do Real é bom mas sem abafador, não conheço ninguém ou nenhum instrutor de tiro de combate sério que seja adepto disso.
Ninguém, mesmo policiais experientes, pode dispensar um instrutor ou técnico. Senão, atletas olímpicos não precisariam de preparadores.
O meu tipo de treinamento exige que eu utilize a audição de forma complementar à visão. Preciso ouvir as silhuetas se movendo. Um amigo puxa uma corda e determinada silhueta se move, não sei qual é, preciso ouvir ela se mexendo para efetuar o disparo.Treino sem abafador é absolutamente desnecessário. Ninguém se "acostuma" com estampidos. Simplesmente fica-se surdo.
Já pensou em utilizar abafadores eletrônicos, daqueles que permitem ouvir as conversas normalmente, mas atenuam o som dos estampidos? Senão, daqui a alguns anos, a tua audição estará tão comprometida que não valerá de nada para ajudá-lo a sobreviver.
Adrenalina? Isso é para amadores. Sabe por que muitas pessoas que no stand são bastante regulares nos agrupamentos acabam morrendo em um confronto de rua? Por que elas não ficam calmas o suficiente para neutralizarem o inimigo, elas se afobam e são alvejadas. No stand não tem adrenalina, os alvos e silhuetas não atiram de volta em você.Com adrenalina nas veias, os estampidos não parecerão tão incômodos assim.
Quem já está acostumado a matar - dizem - não tem esse lance de adrenalina para atrapalhar.
Existem métodos de treinamento sob pressão - o que, naturalmente, não dá para fazer sem um instrutor. Ocorre que, muitas vezes, a pressão é colocada no momento errado do treinamento, antes que o aluno tenha sequer aprendido a atirar. Mas há instrutores (dos quais discordo totalmente) que gostam de acelerar o aluno logo no início, como forma de fazê-lo "pedir pra sair".
Quem se "acostuma a matar" é psicopata. Não existe treino para isso.
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Re: Dry firing e sugestões
Exercício de disparo em seco retirado do manual FM 23-75 (U.S. Army):
Material necessário:
Lápis com borracha na parte traseira;
Folha de papel;
Fita adesiva;
Pistola ou revólver.
Procedimento:
Desenha-se, na folha, 10 "moscas" com 1/8" de diâmetro, em duas fileiras de cinco.
Para facilitar o serviço, fiz um furo com uma broca desse diâmetro em uma régua de aço, que costumo carregar na tralha de tiro para medir agrupamentos.
Faz-se, com a fita adesiva, duas "buchas" ao redor do lápis,de modo a ajustá-lo ao diâmetro interno do cano. O lápis é introduzido no cano da arma, de modo que o percussor golpeie a borracha.
Fixa-se o alvo na altura dos olhos,a cerca de 5 cm na boca da arma.
Caso a arma usada seja um revólver, retire o impulsor do tambor.
Faz-se a visada em cada "mosca",de modo que, quando do disparo,o lápis,impulsionado pelo percussor, faça uma marca na folha cerca de 3 cm abaixo do ponto visado. Faça 5 disparos por "mosca",sempre em ação simples.
O objetivo é que, para cada "mosca", as cinco marcas da ponta do lápis produzam um agrupamento igual ou menor do que ela própria (1/8", ou .125", ou 3,25mm), e sem variação de distância ou alinhamento em relação ao ponto visado.
Em 15 tentativas,meu agrupamento caiu de .175" para .140",mas ainda está maior do que a "mosca".
Material necessário:
Lápis com borracha na parte traseira;
Folha de papel;
Fita adesiva;
Pistola ou revólver.
Procedimento:
Desenha-se, na folha, 10 "moscas" com 1/8" de diâmetro, em duas fileiras de cinco.
Para facilitar o serviço, fiz um furo com uma broca desse diâmetro em uma régua de aço, que costumo carregar na tralha de tiro para medir agrupamentos.
Faz-se, com a fita adesiva, duas "buchas" ao redor do lápis,de modo a ajustá-lo ao diâmetro interno do cano. O lápis é introduzido no cano da arma, de modo que o percussor golpeie a borracha.
Fixa-se o alvo na altura dos olhos,a cerca de 5 cm na boca da arma.
Caso a arma usada seja um revólver, retire o impulsor do tambor.
Faz-se a visada em cada "mosca",de modo que, quando do disparo,o lápis,impulsionado pelo percussor, faça uma marca na folha cerca de 3 cm abaixo do ponto visado. Faça 5 disparos por "mosca",sempre em ação simples.
O objetivo é que, para cada "mosca", as cinco marcas da ponta do lápis produzam um agrupamento igual ou menor do que ela própria (1/8", ou .125", ou 3,25mm), e sem variação de distância ou alinhamento em relação ao ponto visado.
Em 15 tentativas,meu agrupamento caiu de .175" para .140",mas ainda está maior do que a "mosca".
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Re: Dry firing e sugestões
De uns tempos para cá, passei a usar cartuchos de manejo para treinar recarga/solução de panes NO ESCURO.
Com pistola não é tão difícil, mas tentem recarregar um revólver na escuridão e SEM SPEED LOADER...toda a tua destreza vai para a PQP.
Com pistola não é tão difícil, mas tentem recarregar um revólver na escuridão e SEM SPEED LOADER...toda a tua destreza vai para a PQP.