Qual a opinião de vcs sobre a eficiência de munição mista? Por exemplo: uma ogival e uma ponta oca, mantendo a alternância.
Tem um video do instrutor Takuya Takano no youtube onde ele não recomenda esse método pois há variação no som da arma e no recuo.
No meu ponto de vista a questão principal é a eficiência. Um munição com mais poder de impacto e outra com mais poder de perfuração parece bom.
Sabem de algum teste sobre isso?
Munição mista ou intercalada?
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Re: Munição mista ou intercalada?
Depende do calibre é viável. Na .380 uso intercalado uma ogival e expansiva, ambas com projétil de 95 grains e +p. Não vejo problema em intercalar desde que se use munições com mesmo peso de projétil e mesma velocidade inicial. Não considero bom usar uma ogival comum com expansiva Gold pois há diferença de peso e velocidade do projétil, alterando o comportamento da arma e até ponto de impacto em relação à visada.
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Re: Munição mista ou intercalada?
Essa técnica funciona particularmente bem no 9mm Luger.
Re: Munição mista ou intercalada?
No meu 817 uso 4 munições Expo +P e 3 CHOG, coloco as munições de forma que a primeira e a última a serem disparadas serão a Expo. Repito o processo nos meus 4 Jet Loaders.
"O latido dos cães não altera o curso das nuvens."
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Re: Munição mista ou intercalada?
Raziel, por qual motivo usa chog no revólver? Não vejo vantagem pois a chog não é jaquetada e deforma com muita facilidade, tendo menos penetração em alvos rígidos que a expo +p. Já fiz testes em tambores de aço e a expo +p tem melhor penetração que a chog.
Re: Munição mista ou intercalada?
Eu intercalei e das minhas 50 munições anuais comprei 20 chog e 30 expo +p por um raciocínio simples de quem não entende de balística(no caso, eu)moliternoga escreveu:Raziel, por qual motivo usa chog no revólver? Não vejo vantagem pois a chog não é jaquetada e deforma com muita facilidade, tendo menos penetração em alvos rígidos que a expo +p. Já fiz testes em tambores de aço e a expo +p tem melhor penetração que a chog.
CHOG + penetração - expansão
EXPO -penetração + expansão
Mas pelo visto viajei
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Re: Munição mista ou intercalada?
O pensamento está correto porém funciona melhor com munição jaquetada ou até semi jaquetada pois a camisa diminui a deformação do projétil. Munição com ponta de chumbo como as chog deformam com muita facilidade, principalmente em alvos rígidos como portas de carro, portas de casa, parabrisas e etc. Fiz alguns testes com as munições da cbc pra usar no meu 85 e de acordo com os resultados optei pela expo +p. Mesmo em alvos moles ela não tem o problema de falta de penetração pois não expande exageradamente como a gold. Nos testes que fiz considero que a expo +p teve melhor resultado (equilíbrio expansão/penetração) em alvos moles tanto no .38 spl cano de 2" quanto o de 4". Com alvos rígidos a gold se saiu um pouco melhor devido a maior velocidade do projétil e ter uma camisa inteiriça porém a expo +p não ficou muito longe. Em alvos moles a gold expandiu bem formando uma boa cavidade temporária porém deixou a desejar em penetração.
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Re: Munição mista ou intercalada?
A .38SPL CHOG mal passa uma lataria de carro, corra delas pra defesa.Raziel escreveu:Eu intercalei e das minhas 50 munições anuais comprei 20 chog e 30 expo +p por um raciocínio simples de quem não entende de balística(no caso, eu)moliternoga escreveu:Raziel, por qual motivo usa chog no revólver? Não vejo vantagem pois a chog não é jaquetada e deforma com muita facilidade, tendo menos penetração em alvos rígidos que a expo +p. Já fiz testes em tambores de aço e a expo +p tem melhor penetração que a chog.
CHOG + penetração - expansão
EXPO -penetração + expansão
Mas pelo visto viajei
Minha arma de defesa atual é em calibre 9mm Luger, uso munição com carga padrão, já andei com carregadores intercalados (a primeira FMJ), mas após um tempo me questioneis e decidi mudar, atualmente uso pleno EXPO, mas quando saio com 3 carregadores o terceiro é pleno FMJ.
A logica que estou usando:
- Se precisar me defender de dentro do carro, até mesmo a EXPO irá transfixar vidros ou lataria com energia de causar sérios danos, a FMJ ira transfixar com facilidade, mas também perderá significante energia, só incapacitando a ameaça se acertar alguma área crítica (o que cai na mesma ideia da EXPO transfixando vidro ou lataria);
- Em disparo direto (sem obstáculos) a EXPO é a melhor opção;
- Ando com um terceiro carregador FMJ pois primeiramente, imagino que se precisar dele não fará tanta diferença o tipo de munição (já estarei bem encrencado), e em um caso hipotético de alvo barricado poderia usá-lo de forma mais eficiente com troca de carregadores.
De forma pessoal não recomendo usar munições com carga diferente (pressão diferente), exemplo, intercalar .38 SPL / .38 SPL+P+, imagina só a confusão que vai ser o controle desses recuos, cadencia, etc...
Militar e CAC 1RM.
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Re: Munição mista ou intercalada?
Recordei-me de um caso onde a técnica de intercalar munição foi útil.
Um colega reagiu a um roubo com sua Glock 25, usando Gold e Silver Point ogival intercaladas. O primeiro bandido, ao receber o primeiro tiro (Gold), virou o corpo de lado, recebendo a Silver Point ogival no flanco direito. Morreu no local. O segundo tomou uma Gold no meio da cara, através da abertura da viseira do capacete de motociclista que usava. Este ainda estava vivo quando chegamos ao local. Faleceu no PS. O projétil caiu no chão quando os médicos retiraram o capacete.
Fossem todas Gold, o segundo tiro, que atingiu o ladrão no flanco, talvez não fosse tão eficiente.
Já vi, também, o contrário: outro colega, hoje aposentado, foi baleado na porta de casa, com uma .380 ogival. O projétil atingiu o pescoço, passando entre a carótida e a jugular, sem seccionar nenhum desses vasos. Se a munição fosse expansiva, ele não teria sobrevivido.
Portanto, acho válido combinar o "double tap" com cartuchos intercalados. Minimiza a ocorrência da Lei de Murphy.
Um colega reagiu a um roubo com sua Glock 25, usando Gold e Silver Point ogival intercaladas. O primeiro bandido, ao receber o primeiro tiro (Gold), virou o corpo de lado, recebendo a Silver Point ogival no flanco direito. Morreu no local. O segundo tomou uma Gold no meio da cara, através da abertura da viseira do capacete de motociclista que usava. Este ainda estava vivo quando chegamos ao local. Faleceu no PS. O projétil caiu no chão quando os médicos retiraram o capacete.
Fossem todas Gold, o segundo tiro, que atingiu o ladrão no flanco, talvez não fosse tão eficiente.
Já vi, também, o contrário: outro colega, hoje aposentado, foi baleado na porta de casa, com uma .380 ogival. O projétil atingiu o pescoço, passando entre a carótida e a jugular, sem seccionar nenhum desses vasos. Se a munição fosse expansiva, ele não teria sobrevivido.
Portanto, acho válido combinar o "double tap" com cartuchos intercalados. Minimiza a ocorrência da Lei de Murphy.