O Moribundo .32 S&W Longo
Enviado: 11 Ago 2018, 13:11
Nos dias atuais, creio que ninguém, em sã consciência, optaria por uma arma de defesa nesse calibre. Mas nem sempre foi assim.
O .32 S&W Longo, apesar de fraco (mesmo para os padrões da época), foi popular por vários motivos:
1 - Permitia armas confiáveis (revólveres), de baixo custo e facilmente dissimuláveis;
2 - É extraordinariamente preciso! Prova disso é seu uso em modalidades de precisão.
3 - Em alguns países, a legislação favorecia seu uso por civis em detrimento do .38 Special. No Brasil mesmo, entre 1936 e 1965, o .38 SPL foi de uso restrito. A legislação de 1936 permitia revólveres de calibre .38, porém, limitava a energia a um máximo de 25 kgm (noutras palavras, o .38 S&W "Curto" era o teto). Em países como Portugal, Argentina e Índia, a legislação - de maneiras diferentes - também favorece (ou favoreceu) o uso civil do .32 S&W Longo.
O público desse calibre, em regra, é constituído por pessoas que não atiram frequentemente. Por serem revólveres pequenos e de baixo recuo, os .32 S&W Longo adaptam-se muito bem para pessoas de físico frágil - mais sujeitas a serem atacadas por indivíduos que se prevaleçam apenas da força física.
Quando lecionava em curso de formação de vigilantes, em algumas ocasiões, tive alunas que não conseguiam sequer empunhar corretamente um .38 SPL, devido ao pequeno porte físico e proporcional tamanho de mãos. Com os velhos revólveres .32 S&W Longo, foram perfeitamente capazes de receber a instrução básica. Creio que todo instrutor de tiro deva ter, ao menos, um revólver em calibre .32 S&W Longo para situações como essa. É um bom "plano B" para evitar que o (a) aluno (a) desista.
Há alguns anos, a Imprensa noticiou dois casos - ambos ocorridos no Rio Grande do Sul - onde idosos fizeram uso bem-sucedido de revólveres nesse calibre para sua defesa. Em ambos os casos, as boas características desse calibre se fizeram valer: uma senhora de 87 anos conseguiu alvejar o marginal 3 vezes com um velho Colt Police Positive deixado pelo falecido marido, enquanto o senhor de 72 anos que empregou esse calibre alvejou o marginal (este armado com um Rossi 719 de 6") com um único e certeiro tiro na cabeça, neutralizando-o instantaneamente.
Fica a pergunta: será que estas vítimas que reagiram teriam a mesma proficiência de tiro se empregassem, por exemplo, um "snubby" .38 SPL?
Obviamente, não é um calibre "de serviço" e, mesmo como "back-up", há opções melhores. Mas, pessoalmente, ainda vejo o .32 S&WL como opção válida como calibre civil de defesa, considerando-o como uma "arma de acessibilidade" ao público fisicamente mais frágil, que tenha dificuldade no manejo de armas de calibres maiores.
O .32 S&W Longo, apesar de fraco (mesmo para os padrões da época), foi popular por vários motivos:
1 - Permitia armas confiáveis (revólveres), de baixo custo e facilmente dissimuláveis;
2 - É extraordinariamente preciso! Prova disso é seu uso em modalidades de precisão.
3 - Em alguns países, a legislação favorecia seu uso por civis em detrimento do .38 Special. No Brasil mesmo, entre 1936 e 1965, o .38 SPL foi de uso restrito. A legislação de 1936 permitia revólveres de calibre .38, porém, limitava a energia a um máximo de 25 kgm (noutras palavras, o .38 S&W "Curto" era o teto). Em países como Portugal, Argentina e Índia, a legislação - de maneiras diferentes - também favorece (ou favoreceu) o uso civil do .32 S&W Longo.
O público desse calibre, em regra, é constituído por pessoas que não atiram frequentemente. Por serem revólveres pequenos e de baixo recuo, os .32 S&W Longo adaptam-se muito bem para pessoas de físico frágil - mais sujeitas a serem atacadas por indivíduos que se prevaleçam apenas da força física.
Quando lecionava em curso de formação de vigilantes, em algumas ocasiões, tive alunas que não conseguiam sequer empunhar corretamente um .38 SPL, devido ao pequeno porte físico e proporcional tamanho de mãos. Com os velhos revólveres .32 S&W Longo, foram perfeitamente capazes de receber a instrução básica. Creio que todo instrutor de tiro deva ter, ao menos, um revólver em calibre .32 S&W Longo para situações como essa. É um bom "plano B" para evitar que o (a) aluno (a) desista.
Há alguns anos, a Imprensa noticiou dois casos - ambos ocorridos no Rio Grande do Sul - onde idosos fizeram uso bem-sucedido de revólveres nesse calibre para sua defesa. Em ambos os casos, as boas características desse calibre se fizeram valer: uma senhora de 87 anos conseguiu alvejar o marginal 3 vezes com um velho Colt Police Positive deixado pelo falecido marido, enquanto o senhor de 72 anos que empregou esse calibre alvejou o marginal (este armado com um Rossi 719 de 6") com um único e certeiro tiro na cabeça, neutralizando-o instantaneamente.
Fica a pergunta: será que estas vítimas que reagiram teriam a mesma proficiência de tiro se empregassem, por exemplo, um "snubby" .38 SPL?
Obviamente, não é um calibre "de serviço" e, mesmo como "back-up", há opções melhores. Mas, pessoalmente, ainda vejo o .32 S&WL como opção válida como calibre civil de defesa, considerando-o como uma "arma de acessibilidade" ao público fisicamente mais frágil, que tenha dificuldade no manejo de armas de calibres maiores.