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7.65 agrupa melhor que 380acp ou é Lenda
Enviado: 27 Nov 2017, 09:51
por Mandrakebirigui
o calibre 7.65 ou 32auto e mais preciso que o .380acp , dizem que o 32 auto tem um aproveitamento maior do raiamento e sendo assim um agrupamento melhor nos disparos???
Re: 7.65 agrupa melhor que 380acp ou é Lenda
Enviado: 27 Nov 2017, 10:38
por variedades
Para o alcance útil da pistola tal eventual diferença, se é que existe, é completamente irrelevante.
Re: 7.65 agrupa melhor que 380acp ou é Lenda
Enviado: 27 Nov 2017, 11:09
por Erick Tamberg
Quase todas as pistolas em 7,65mm tem uma versão correspondente em .380 ACP.
Para fazer um tira-teima, o correto seria comparar duas armas equivalentes. Consegui fazer tal comparação com as Taurus e Walther PPK.
Com as Taurus PT-58 e 59, nunca consegui os mesmos resultados que obtenho com a 57 S. Nas Taurus, a diferença é nítida em tiro lento. O peso e volume das Taurus faz com que essas pistolas tenham pouco recuo, de forma que, no tiro rápido, a diferença é insignificante.
Nas Walthers PPK (cujo cano é fixo), ocorre o oposto: senti que a versão em 7,65mm é mais controlável em tiro rápido. Nessas armas, não notei diferença significativa no tiro de precisão, mas a versão em 7,65mm permite fazer, em menor tempo, o mesmo índice de acertos do que a versão em .380 ACP. Ou, se o tempo for o mesmo, os agrupamentos da .380 ACP são mais abertos do que com a versão em 7,65mm.
O fato é que as novas gerações de atiradores tem pouca experiência com o 7,65mm, já que seu uso entrou em declínio a partir do final dos anos 80.
Re: 7.65 agrupa melhor que 380acp ou é Lenda
Enviado: 27 Nov 2017, 12:13
por Mandrakebirigui
Erick Tamberg escreveu:Quase todas as pistolas em 7,65mm tem uma versão correspondente em .380 ACP.
Para fazer um tira-teima, o correto seria comparar duas armas equivalentes. Consegui fazer tal comparação com as Taurus e Walther PPK.
Com as Taurus PT-58 e 59, nunca consegui os mesmos resultados que obtenho com a 57 S. Nas Taurus, a diferença é nítida em tiro lento. O peso e volume das Taurus faz com que essas pistolas tenham pouco recuo, de forma que, no tiro rápido, a diferença é insignificante.
Nas Walthers PPK (cujo cano é fixo), ocorre o oposto: senti que a versão em 7,65mm é mais controlável em tiro rápido. Nessas armas, não notei diferença significativa no tiro de precisão, mas a versão em 7,65mm permite fazer, em menor tempo, o mesmo índice de acertos do que a versão em .380 ACP. Ou, se o tempo for o mesmo, os agrupamentos da .380 ACP são mais abertos do que com a versão em 7,65mm.
O fato é que as novas gerações de atiradores tem pouca experiência com o 7,65mm, já que seu uso entrou em declínio a partir do final dos anos 80.
Muito Boa sua explicação , como vc já fez esses testes o que tem a dizer sobre a comparação no quesito transfixação a 7.65 corta mais que a 380 acp
Re: 7.65 agrupa melhor que 380acp ou é Lenda
Enviado: 27 Nov 2017, 12:27
por Erick Tamberg
Para ser honesto, ainda não fiz um teste comparativo desses calibres contra alvos sólidos (gelatina, sabão, portas, etc). Mas as tabelas balísticas de que disponho (coisa dos anos 30/40...) apontam para um desempenho equivalente (4 tábuas de pinho seco de 1 polegada de espessura, a 15 jardas).
Outro dado curioso é que, até a Segunda Guerra Mundial, os fabricantes europeus usavam a mesma carga de pólvora nos dois cartuchos. Então, o .380 ACP era mais lento (por ter um projétil maior e mais pesado) e os dois mantinham o mesmo nível de energia (em alguns casos, o 7,65mm até superava).
O manual das pistolas Walther PP/PPK, por exemplo, traz dados balísticos que informam que o 7,65mm tem um nível de energia levemente superior ao .380 ACP. O finado Neylton T.S. Matos, quando escreveu a edição especial da revista Magnum sobre armas para serviço policial (1991), usou esse manual como fonte de dados (os valores são idênticos).
E o mesmo vai acontecer se você consultar qualquer livro sobre armas antigas que traga os dados balísticos das armas nesses calibres (além das Walther, Beretta 1934/35, por exemplo). Cito, como exemplo, o livro "Guns and How They Work", do britânico Ian V. Hogg.