Publicado em 10/10/2013 | CARLOSGAZETA@HSJONLINE.COM
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Diz o ditado americano que Deus criou os homens, mas o coronel Colt tornou-os iguais. O milagre realizado por esse coronel foi simples: a invenção do revólver de repetição, uma arma simples, barata e eficaz, que não demanda muito de seu usuário. Não era o caso das armas que ele sucedeu, como a espada, que demandava enorme tempo de treino e força física considerável, ou mesmo as primeiras armas de fogo, capazes de disparar uma única vez, e depois demandando um complicadíssimo processo de recarga. O revólver torna iguais a moça fraquinha e o homem forte. O revólver e sua continuação, a pistola, são, fundamentalmente, ferramentas que servem para tornar, com o diz o ditado, as pessoas iguais. Uma sociedade armada com revólveres é uma sociedade essencialmente democrática.
Sem essa ferramenta, só o que impede que uma moça seja estuprada é a civilidade dos homens que ela encontre no caminho. Civilidade esta que está, lamentavelmente, em falta. Parece-me também evidente que não é andando de peitos de fora, com “vadia” escrito em tinta vermelha, que essa civilidade será aumentada.
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Do mesmo modo, uma pessoa de idade, quando desarmada, está nas mãos de qualquer jovem. Se ambos estiverem armados, tornam-se ambos iguais. Se a população inteira estiver armada – como a população de Israel ou da Suíça –, a criminalidade violenta praticamente desaparece, por ser o criminoso, por definição, uma exceção. A imensa maioria da população é ordeira e obedece às leis.
Já os criminosos não seriam jamais desarmados por uma lei; por definição, afinal, eles não obedecem às leis!
E, como ninguém é mais poderoso que a única pessoa armada em meio a pessoas desarmadas, desarmar as vítimas aumenta enormemente o poder dos criminosos. Alguém que puxe uma arma num bar suíço vai se ver diante de tantas outras quantos forem os fregueses e trabalhadores do estabelecimento. Já num país como o nosso – em que aqueles que nos anos 70 pegaram em armas contra o governo desarmaram a população honesta assim que chegaram ao poder – qualquer bandidinho com um 32 enferrujado vira rei ao sacá-lo. Como cantava Bezerra da Silva, “você com um revólver na mão é um bicho feroz; sem ele, anda rebolando e até muda de voz”...
A população brasileira tem consciência disso, e dois em cada três brasileiros expressaram no plebiscito sua reprovação ao desarmamento. O governo, como sempre, ignorou tanto a voz da maioria quanto o bom senso. Mas, afinal, não é como se estivéssemos em uma democracia, não é mesmo?
Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/colunist ... democracia
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Re: Armas e Democracia
Sucinto e verdadeiro!
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Re: Armas e Democracia
Para uma discussão inicial sobre este tema, sugiro este vídeo do Alexandre Lima, no qual ele discute as armas de fogo como instrumentos passivos da democracia:
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