Graxa Branca Lítio WD

[Luiz Patriota]

Vi esse produto da WD chamado Graxa Branca de Lítio, que alegam ser propício para lubrificação de armas.
Alguém já usou?
Me parece que as vantagens são a durabilidade da película lubrificante, a resistência a água e a resistência a temperatura.

[raubvogel]

O que a Glock recomenda para as armas deles?

"Durabilidade da película lubrificante, a resistência a água e a resistência a temperatura" são requerimentos para muitas graxas. Por exemplo graxa de eixo de transmissão no carro tem requerimentos de durabilidade e resistencia a agua e temperatura muito maiores que armas.

Dependendo da graxa de lítio, ela ataca certos plasticos.

Eu tenho uma lata de graxa sintetica para carro que comprei na loja no fim da rua onde eu moro (10 minutos andando de casa). O problema que tive foi aprender a não botar muito.

[Rock Shooter]

Luiz,
Não existe uma super graxa (nem um super óleo) especial para armas. Não existem estudos comprovados do uso de graxas e óleos em armas de fogo, isso só existe na engenharia metal-mecânica, esses lubrificantes é que são comprovados.
A única graxa cujo uso é reconhecido é o bissulfito de molibdênio, para uso nos projeteis, ela endurece e prolonga a vida a alma do cano, porém não pode ser usada em excesso.

Na prática, até o óleo Singer faz uma boa lubrificação da arma, mas o ideal são óleos mais grossos, similares ao óleo de motor de alta viscosidade, pois é necessário que ele não escorra para outras partes da arma.
Se você pode comprar lubrificantes específicos para armas, parabéns, mas saiba que na prática, no mundo real das armas, qualquer óleo de boa qualidade já faz o serviço. A prova é que muitos dos atiradores antigos não gastam dinheiro com nenhuma graxa da NASA, mas com óleo de motor.

A graxa é viscosa demais, aumentando o atrito e freando (um pouco) a ciclagem da arma, podendo até travar a arma. A graxa é mais indicada para "selar" algumas partes da arma onde não possa entrar poeira nem o pó da pólvora queimada.

Agora vou mexer no ego de alguns colegas do Fórum... Quanto à lubrificação em geral, EU sigo uma dica que um colega armamentista da marinha me passou... arma curta não precisa de lubrificação, apenas polimento dos mecanismos e limpeza. O problema está nos óleos e graxas que absorvem toda poeira e detritos da queima da pólvora, essa mistura se transforma num piche que resulta no emperramento da arma, além de ser difícil de limpar.

Por esse método, a arma apenas polida, sem óleos, somente precisa de limpeza com algum removedor... eu uso limpa contatos ou WD-40 e um pano seco para limpar.

Porém, se o metal da arma for macio (fraco), irá desgastar, portanto necessitará de lubrificação.

Eu escolhi seguir essa dica, eu assumi os riscos e ainda estou testando, e para mim está sendo bom e funcional. A minha Imbel está aguentanto bem, e não tem arranhões nos trilhos ou outras partes móveis, porém eu atirei pouco com ela (uns 500). Só o tempo dirá se é realmente funcional. Quando eu começar a competir com ela, saberei melhor.

Para você que confia mais na lubrificação de sua arma, lembre-se de periodicamente remover todo o óleo com WD-40 e repor um lubrificante novo, assim evitará emperramentos.

Uma curiosidade: Quanto às Taurus que estavam disparando sozinhas, a perícia das armas mostrou que estavam sujas, e o acidente se deveu à trava do percussor que estava colando "aberta", e a cola era esse piche que falei (óleo+pólvora queimada).

Particularmente, não recomendo a lubrificação do percussor e de sua trava, pois poderá resultar nesse tipo de problema ou na falha da percussão da espoleta.

Outra dica: Tem pessoas que usam o lubrificante para evitar que a arma enferruje. Essa não é a função dos lubrificantes, é a função do acabamento. Se sua arma enferrujar, leve para o armeiro e discutam um acabamento para protegê-la. Oxido preto, nitretação, cromo-duro, pintura epoxi... escolha o que for melhor ou o que você puder pagar, mas esqueça os óleos, pois eles não protegem adequadamente.

Existem anúncios de lubrificante de silicone para armas, porém com o uso e o atrito, o silicone se decompõe formando dióxido, que é abrasivo e vai desgastar ao invés de lubrificar. Se silicone fosse bom pra lubrificar o atrito entre metais, a indústria usaria em seu maquinário.

[Luiz Patriota]

Obrigado pelos comentários amigos.
Uso em casa aquele solvente da LH para limpezas mais pesadas e WD40 para as limpezas mais periódicas e para os carregadores pois é um óleo mais fino e que evapora praticamente sem deixar resíduo. Nos trilhos uso aquele óleo da LH também e uso CorrosionX na parte externado slide.
A ideia é trocar o óleo por graxa somente nos trilhos, pois me parece mais efetivo, queria saber se alguém tem alguma experiencia com essa Graxa Branca da WD especificamente pois gosto dos produtos deles e eles alegam ser boa par armas nos catálogos da marca.
Grande abraço

[moliternoga]

Já vi atiradores usarem graxa (não sei qual tipo nem marca) nos trilhos da arma apenas. O uso porém é apenas em armas de competição que são relativamente justas (pouca tolerância entre o trilho e ferrolho) e usado quando se pretendia dar muitos tiros em um curto tempo (algo que ocorre em competições naciinaiz de IPSC por exemplo). Segundo esses atiradores a graxa "segura" a lubrificação por mais tempo que o óleo. Porém eles mesmos acabavam limpando a graxa após a competição pois o graxa acaba ajudando a acumular resíduos e com o tempo acaba endurecendo. Eu sempre usei minhas armas mais "secas", limpando tudo com wd40, secando bem e usando óleo lubrificante apenas nas peças principais que tem uma fricção maior. Canal do percussor, como o colega comentou, é melhor estar seco pra evitar desaceleração do percussor.

[raubvogel]

Canal do percussor, como o colega comentou, é melhor estar seco pra evitar desaceleração do percussor.

Ou ficar emperrado com a ponta para fora.

[Erick Tamberg]

Eu uso graxa apenas em pontos específicos da arma, normalmente aqueles desmontados com menos frequência, que ficam mais em contato com o corpo e não recebam resíduos de queima.

Em revólveres, aplico uma fina camada sob o dedal serrilhado, de forma a impedir que se forme ferrugem devido ao suor do corpo. Também desmonto os cabos e aplico na armação, por baixo destes.

Tenho tido bons resultados assim com graxa de molinete, mais adequada para proteger contra salinidade.